É comum, quando discutimos arquitetura de software, agirmos como se fosse necessário escolher entre duas alternativas: O monolito, que coloca todos os módulos do software em uma única unidade de implantação, e os microsserviços, onde tentamos ampliar ao máximo a quantidade de unidades de implantação e garantir a granularidade mais fina possível.
É possível argumentar, todavia, que essa dicotomia não é inerente à produção de software, mas sim uma consequência de termos associado unidades de implantação com unidades de comportamento conceitual. Essa associação é quase inevitável quando trabalhamos com linguagens de programação onde falar de paralelismo é doloroso e desestruturado - porém, o paralelismo estruturado de alta granularidade ao qual temos acesso no Elixir permite superarmos essa associação.
Do momento em que é possível termos unidades totalmente paralelas de comportamento isoladas dentro de um software "monolítico", a dicotomia "monolito x microsserviços" em certo sentido cai por terra, pois as nossas unidades de implantação não precisam mais corresponder às unidades de comportamento isolado que temos. O objetivo dessa palestra será explorar como a queda por terra dessa dualidade permite explorarmos toda uma série de formas de evoluir, iterar e escalar software ao longo de todo o seu ciclo de vida.
